A escola da vida é diferente da
escola convencional. Dá primeiro a prova, depois a lição. Primeiro a dor,
depois o aprendizado. Primeiro, o sofrimento depois o consolo. Como foi que o
apóstolo Paulo enfrentou o sofrimento? Ele experimentou alegria no sofrimento. Alegria apesar dos problemas; alegria apesar dos difamadores; alegria apesar da
morte. Paulo enfatizou que as coisas
espirituais estão acima das materiais; o futuro é melhor do que o presente; e o
eterno é mais importante do que o temporal. Paulo aprendeu não apenas a
sobreviver às circunstâncias adversas, mas ainda a gloriar-se nelas e sair
delas vitorioso. Paulo fala das revelações extraordinárias quando foi
arrebatado até o terceiro céu e do espinho na carne (2Co 12.1-9). Há um grande
contraste entre essas duas experiências: Ele foi do paraíso à dor, da glória ao
sofrimento. Experimentou a bênção de Deus no céu e a bofetada de Satanás na
terra. Paulo tinha ido ao céu, mas agora, aprendeu que o céu pode vir até ele.
Charles Stanley, em seu livro Como lidar com o sofrimento?, comentando o texto supra, ensina-nos algumas lições preciosas:
Charles Stanley, em seu livro Como lidar com o sofrimento?, comentando o texto supra, ensina-nos algumas lições preciosas:
Em primeiro lugar, há um propósito em cada sofrimento. No preâmbulo de sua
segunda carta aos Coríntios, Paulo diz que o nosso sofrimento e a nossa
consolação são instrumentos usados por Deus para abençoar outras vidas (2Co
1.3). Na escola da vida, Deus está nos preparando para sermos consoladores.
Paulo rogou ao Senhor três vezes para remover o espinho de sua carne. Aprendeu,
porém, que quando Deus não remove "o espinho", é porque tem uma
razão. Deus não desperdiça sofrimento na vida de seus filhos. Sempre há um
propósito. O propósito é não nos ensoberbecermos.
Em segundo lugar, é possível que Deus resolva revelar-nos o propósito de nosso
sofrimento. No caso de Paulo, Deus decidiu revelar-lhe a razão do
"espinho" em sua carne: evitar que o apóstolo ficasse orgulhoso.
Quando Paulo orou, não perguntou porque estava sofrendo, apenas pediu a remoção
do sofrimento. Não é raro Deus revelar as razões do sofrimento. Revelou a
Moisés a razão porque não lhe seria permitido entrar na Terra Prometida. Disse
a Josué porque ele e seu exército haviam sido derrotados em Ai. O nosso
sofrimento tem por finalidade nos humilhar, nos aperfeiçoar, nos burilar e nos
usar.
Em terceiro lugar, o sofrimento pode ser um dom de Deus. Temos a tendência de pensar que o sofrimento é algo que Deus faz contra nós e não por nós. Jacó disse num momento difícil da vida: "Tendes-me privado de filhos; José já não existe, Simeão não está aqui, e ides levar a Benjamim! Todas estas coisas em sobrevêm" (Gn 42.36). Jacó pensou que Deus estava trabalhando contra ele, quando Deus estava trabalhando por ele. Assim também, o espinho de Paulo era uma dádiva, porque através desse incômodo, Deus o protegeu daquilo que ele mais temia – ser desqualificado espiritualmente. Paulo viu o sofrimento como algo que Deus fez a seu favor e não contra ele.
Em terceiro lugar, o sofrimento pode ser um dom de Deus. Temos a tendência de pensar que o sofrimento é algo que Deus faz contra nós e não por nós. Jacó disse num momento difícil da vida: "Tendes-me privado de filhos; José já não existe, Simeão não está aqui, e ides levar a Benjamim! Todas estas coisas em sobrevêm" (Gn 42.36). Jacó pensou que Deus estava trabalhando contra ele, quando Deus estava trabalhando por ele. Assim também, o espinho de Paulo era uma dádiva, porque através desse incômodo, Deus o protegeu daquilo que ele mais temia – ser desqualificado espiritualmente. Paulo viu o sofrimento como algo que Deus fez a seu favor e não contra ele.
Em quarto lugar, a graça de Deus nos
é suficiente no sofrimento. A resposta que Deus deu a Paulo não era a que ele
esperava nem a que ele queria, mas era a que ele precisava. Deus não deu a
Paulo o que ele pediu, deu-lhe algo melhor, melhor que a própria vida, a sua
graça. A graça de Deus é melhor do que a vida. Por ela enfrentamos o sofrimento
vitoriosamente. O que é graça? É a provisão de Deus para cada uma das nossas
necessidades. Se a graça de Deus foi suficiente para um homem que deixou todas
as glórias de seu passado para pregar o evangelho e plantar igrejas em
ambientes hostis, como as províncias da Galácia, Macedônia, Acaia e Ásia Menor.
Se a graça de Deus foi suficiente para um homem que sofreu naufrágios, prisões,
açoites, apedrejamento e o próprio martírio, tenho plena certeza de que essa
mesma graça divina é mais do que suficiente para qualquer sofrimento que você e
eu venhamos a enfrentar!
Rev. Hernandes Dias Lopes
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